sexta-feira, 11 de junho de 2010

O Livro Espírita

Ao nos depararmos com os variados assuntos e possíveis estudos que são desenvolvidos nas Casas Espíritas, nos lembramos das fontes das quais são retirados tais assuntos: os livros, particularmente, o livro espírita.
"Reunião de folhas enfeixadas e montadas em capa". Assim é definido o livro de forma simples. Mas, o livro espírita é muito mais que um simples escrito. O livro espírita é uma semente que deve ser plantada, porque ele sim garante a colheita farta.
O livro espírita abre caminhos, liberta, consola, ensina, enfim, nos faz parar e refletir sobre o mais simples acontecimento corriqueiro, levando-nos a verdadeira compreensão e possível modificação.
Há 143 anos* recebemos a primeira Obra Espírita, denominada O Livro dos Espíritos, codificada pelo prof. Rivail - Allan Kardec - o verdadeiro estudioso da Doutrina Espírita. Após esta, viriam mais quatro obras: O livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e a Gênese, e que comporiam o que chamamos de Obras Básicas, ou seja, tudo o que se ouvir falar sobre a Doutrina Espírita deve constar nessas obras, pois são a base desta Doutrina libertadora. Kardec, através de seus estudos, procurou compilar todas as informações nestas cinco obras, de forma clara e inteligível, ou seja, de fácil compreensão.
Mas, logo após o surgimento das Obras Básicas, da Revista Espírita(...), surgiram escritores que se empenharam no trabalho, dedicando-se à Literatura Espírita, em busca de esclarecer ainda mais os ensinos trazidos por essas Obras.
Muitos são os colaboradores que estão à frente desta tarefa em relação à divulgação do espiritismo, mas é necessário que saibamos analisar cada obra que chega às nossas mãos como obra espírita...
A leitura, o estudo, a pesquisa das obras de Kardec são absolutamente indispensáveis, sem os quais não se pode conhecer o Espiritismo.
A dedicação à Leitura deve ser a mesma em relação às Obras Assistenciais desenvolvidas na Casa Espírita, pois a disposição para lê-las deve ser encarada como uma tarefa de natureza urgente e inadiável.
É conhecendo a Doutrina Espírita a fundo, através das Obras Básicas, que teremos condições de discernir o que realmente são obras espíritas.
E isso ainda é mais sério quando divulgamos obras sem conhecê-las a pessoas leigas, que não conhecem e nem sabem o que é o Espiritismo. É preciso que nos coloquemos como divulgadores e compromissados com a Doutrina Espírita e não confundamos nossas opiniões com o que os livros realmente dizem. Assumindo papéis de trabalhador e colaborador da Doutrina é necessário que nos sintamos com esta responsabilidade, agindo de forma correta, sempre pensando na propagação séria das obras que foram preparadas para nos libertar e fazer com que cresçamos...
O livro espírita deve ter em seu conteúdo os princípios básicos da Doutrina e uma lógica no encandeamento do assunto. É imprescindível o cuidado quando houver contradições, polêmicas, assuntos excessivamente explorados, a ponto de não acrescentarem nada e até mesmo tornarem-se entediosos.
Os livros, de um modo geral, devem trazer algo de bom, um objetivo, uma proposta.
Diante disso, observemos atentamente as obras que chegam à Casa Espírita, buscando sempre a pureza doutrinária, para que o Espiritismo possa ser cada vez mais difundido, esclarecendo e consolando a todos nós... Pense nisso!

->Jornal Verdade e Luz - N° 177 de Outubro de 2000
(*) O Livro dos Espíritos foi publicado em 18 d Abril de 1857, portanto, há 153 anos. No texto, o autor fala que foi a 143 anos porque o artigo foi escrito no ano 2000.
->Jornal A Caridade

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