quarta-feira, 28 de abril de 2010

Explicações do Mestre

Em plena conversação edificante, Sara, a esposa de Benjamim, o criador de cabras, ouvindo comentários do Mestre, nos doces entendimentos do lar de Cafarnaum, perguntou, de olhos fascinados pelas revelações novas:
- A ideia do Reino de Deus, em nossas vidas, é realmente sublime; todavia, como iniciar-me nela? Temos ouvido as pregações à beira do lago e sabemos que a Boa Nova aconselha, acima de tudo, o amor e o perdão... Eu desejaria ser fiel a semelhantes princípios, mas sinto-me presa a velhas normas. Não consigo desculpar os que me ofendem, não entendo uma vida em que troquemos nossas vantagens pelos interesses dos outros, sou apegada aos meus bens e ciumenta de tudo o que aceito como sendo propriedade minha.

A dama confessava-se com simplicidade, não obstante o sorriso desapontado de quem encontra obstáculos quase invencíveis.
- Para isso - comentou Pedro - é indispensável a boa-vontade.
- Com a fé em nosso Pai Celestial - aventurou a esposa de Simão - atravessaremos os tropeços mais duros.

Em todos os presentes transparecia ansiosa expectativa quanto ao pronunciamento do Senhor, que falou, em seguida a longo silêncio:
- Sara, qual é o serviço fundamental de tua casa?
- É a criação de cabras - redarguiu a interpelada, curiosa.
- Como procedes para conservar  o leite inalterado e puro no benefício doméstico?
- Senhor, antes de qualquer providência, é imprescindível lavar, cautelosamente, o vaso em que ele será depositado. Se qualquer detrito ficar na ânfora, em breve todo o leite se toca de franco azedume e já não servirá para os serviços mais delicados.

Jesus sorriu e explanou:
- Assim é a revelação celeste no coração humano. Se não purificarmos o vaso da alma, o conhecimento, não obstante superior, se confunde com as sujidades do nosso íntimo, como que se degenerando, reduzindo a proporção dos bens que poderíamos recolher. Em verdade, Moisés e os Profetas foram valorosos portadores de mensagem divinas, mas os descendentes do Povo Escolhido não purificaram suficientemente  o receptáculo  vivo do espírito para recebe-las. É por isto que os nossos contemporâneos são justos e  injustos, crentes e incrédulos, bons e maus ao mesmo tempo. O leite puro dos esclarecimentos elevados penetra o coração como alimento novo, mas aí se mistura com a ferrugem do egoísmo velho. Do serviço renovador da alma restará, então, o vinagre da incompreensão, adiando o trabalho efetivo do Reino de Deus.

A pequena assembleia, na sala de Pedro, recebia a lição sublime e singela, comovidamente, sem qualquer interferência verbal.
O Mestre, porém, levantando-se com discrição e humildade, afagou os cabelos da senhora que o interpelara e concluiu, generoso:
- O orvalho num lírio alvo é diamante celeste, mas, na poeira da estrada, é gota lamacenta. Não te esqueças desta verdade simples e clara da Natureza.

Livro: Jesus no Lar
Francisco Cândido Xavier/ Espírito Neio Lúcio

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Quem Ama

Quem ama nada exige.
Perdoa sem traçar condições.
Sabe sacrificar-se pela felicidade alheia.
Renuncia com alegria ao que mais deseja.
Não espera reconhecimento.
Serve sem cansaço.
Apaga-se para que outros brilhem.
Silencia as aflições, ocultando as próprias lágrimas.
Retribui o mal com o bem.
É sempre o mesmo em qualquer situação.
Vive para ser útil aos semelhantes.
Agradece a cruz que leva sobre os ombros.
Fala esclarecendo e ouve compreendendo.
Crê na Verdade e procura ser justo.
Quem ama, qual o samaritano anônimo da parábola do Mestre, levanta os caídos da estrada, balsamiza-lhes as chagas, abraça-os fraternalmente e segue adiante... 


-Obra: Brilhe Vossa Luz, de Franscisco Cândido Xavier
Ditado pelo espírito Alexandre de Jesus

quinta-feira, 15 de abril de 2010

O Passe

"Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e 
levou as nossas doenças" - Mateus, 8:17
 
           Meu amigo, o passe é transmissão de energias fisio-psíquicas, operação de boa vontade, dentro da qual o companheiro do bem cede de si mesmo em teu benefício.
          Se a moléstia, tristeza e amargura são remanescentes de nossas imperfeições, enganos e excessos, importa considerar que, no serviço do passe, as tuas melhoras resultam da troca de elementos vivos e atuantes.
          Trazes detritos e aflições e alguém te confere recursos novos e bálsamos reconfortantes.
          No clima da prova e da angústia, és portador da necessidade e do sofrimento.
          Na esfera da prece e do amor, um amigo se converte no instrumento da Infinita Bondade, para que recebas remédio e assistência.
          Ajuda o trabalho de socorro a ti mesmo com o esforço da limpeza interna.
          Esquece os males que te apoquentam, desculpa as ofensas de criaturas que não te compreendem, foge ao desânimo destrutivo e enche-te de simpatia e entendimento para com todos que te cercam.
          O mal é sempre a ignorância e a ignorância reclama perdão e auxílio para que se desfaça, em favor da nossa própria tranquilidade.
          Se pretendes, pois, guardar  as vantagens do passe que, em substância, é ato sublime de fraternidade cristã, purifica o sentimento e o raciocínio, o coração e o cérebro.
          Ninguém deita alimento indispensável em vaso impuro.
          Não abuse, sobretudo, daqueles que te auxiliam.
          Não tomes o lugar do verdadeiro necessitado, tão só porque os teus caprichos e melindres pessoais estejam feridos.
          O passe exprime também o gasto de forças e não deves provocar o dispêndio de energias do Alto, com infantilidades e ninharias.
          Se necessitas de semelhante intervenção, recolhe-te à boa vontade, centraliza a tua expectativa nas fontes celestes do suprimento divino, humilha-te, conservando a receptividade edificante, inflama o teu coração na confiança positiva e, recordando que alguém vai arcar com o peso de tuas aflições, retifica o teu caminho, considerando igualmente o sacrifício incessante de Jesus por nós todos, porque, de conformidade com as letras sagradas "Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças"



Emmanuel - Psicografado por Chico Xavier
Folheto de Distribuição da FEESP

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Abençoemos a Luta

Meus amigos, abençoemos a luta.
                  O facão da poda aumenta a produção das árvores.
                  O bisturi determina a extinção da enfermidade.
                  A ostra importunada reage, fabricando a pérola.
                  Aos estorcegões da dificuldade, encontra o espírito valiosa transformação.
                  O trabalho é grão no celeiro.
                  O repouso é ferrugem na enxada.
                  A pedra recolhida serve à construção.
                  O espinho desinfetado cura tumores.
                  O suor é pão que alimenta.
                  A ociosidade é estagnação que corrompe.
                  A inércia é paz dos cadáveres.
                  A ferida em bom combate chama-se mérito.
                  A exigência é débito de amanhã.
                  A humildade é crédito de hoje.
                  Privilégio é responsabilidade.
                  Dever comum é acesso à própria emancipação.
                  Lágrima é limpeza interior.
                  Fel é medicamento que remedeia.
                  Todo progresso é expansão.
                  Toda expansão é crescimento.
                  Todo crescimento é esforço.
                  Todo esforço é sacrifício.
                  Todo sacrifício é dor.
                  Toda dor é renovação.
                  Meus amigos, os olhos foram situados pela Sabedoria Divina  na elevada dianteira do corpo.
                  Saibamos contemplar o horizonte à frente.
                  Olvidemos as sombras de ontem.
                  Somos diariamente procurados pelas criaturas, situações e coisas que procuramos.
                  Busquemos, desse modo, a lição divina, a fim de que sejamos beneficiados pela Divina Lição.
                  Que o Senhor nos abençoe.

Emmanuel
extraído do livro "Instruções Psicofônicas"
Espíritos Diversos - Francisco C. Xavier - FEB
 

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Livros do Mês

Infantil: Uma História do Mundo Espiritual

As nossas companheiras Cecília e Clara em apenas uma história conseguem transmitir conceitos, despertar a curiosidade e estimular o estudo.
Os conceitos apresentados giram em torno da vida no plano espiritual: como é, quem são seus habitantes, as características e objetivos de uma colônia no mundo maior. Despertam a curiosidade ao citar o Esperanto (você já ouviu falar?), e ao inserir uma frase no texto nesta língua estimula ao estudo da mesma, cujo objetivo é o entendimento entre os povos. Seu criador, Zamenhof, está presente na história.
Bem colorido, com expressivas ilustrações, o livro convida crianças e adultos a pensar na continuidade da vida e na fraternidade.
E, então? Que tal pensar nestes temas?
Boa leitura!

-Autores:Cecília Rocha e Clara Araújo
Editora FEB
***
Memórias de um Suícida

Este livro é ao mesmo tempo um brado de alerta, um atestado e um convite. Os relatos impressionantes são feitos por alguém que vinvenciou algo em que não acreditava: a continuidade da vida e as consequências no plano espiritual de acordo com opções e atitudes enquanto estamos encarnados.
A realidade no Vale dos Suicídas: as experiências, os sentimentos dos que lá estão, a sensação de que o tempo não passa, a dor em uma intensidade inimaginável é o brado de alerta.
Cada caso, cada ser que lá está é um atestado sobre a eternidade da vida e um convite à reflexão sobre os objetivos sagrados de uma encarnação, por mais dolorosa/difícil que seja.
Porém, é também uma afirmação da misericórdia divina, que não abandona nenhum de seus filhos e cuidando destes está o amor maternal de Maria de Nazaré, mãe de Jesus. Sob seu amparo, nossos companheiros espirituais equivocados são socorridos, esclarecidos e buscam uma nova oportunidade, em outra encarnação, como nos é descrito nessa obra magnífica.
Vamos ler, meditar, aprender e valorizar a vida?
Boa leitura!

-Autor espiritual: Camilo Cândido Botelho
Psicografia: Yvonne A. Pereira
Editora FEB

Fonte: Jornal 'A Caridade'

domingo, 11 de abril de 2010

Assistência

Assistência é a caridade em ação.
Não desprezes o ensejo de ir ao encontro do companheiro necessitado para auxiliá-lo quanto possas.
A vista não se te fará inútil.
Doarás ao irmão em penúria o que puderes e, em troca, darte-á ela essa ou aquela instrução sobre paciência e conformidade, humildade e alegria.
Ampara e receberás amparo.
De todo ato de solidariedade, no apoio aos semelhantes, voltarás melhor ao mundo de ti mesmo, porque a caridade opera pelo câmbio de Deus.

Emmanuel


->Da obra "Senda para Deus"-Espíritos diversos /Médium: Fransisco Cândido Xavier

sábado, 10 de abril de 2010

Amor e Caridade

Duas palavras inseparáveis. Onde uma está presente, a outra se coloca em evidência. Aprender a amar é praticar a caridade a serviço da vida e do bem. Toda caridade se alicerça no amor.
Quando se exercita a caridade, utiliza-se do manancial do amor que toda criatura abriga em si. A caridade é ponte de ligação entre o eu e o tu. Toda caridade veicula o amor em benefício de seu agente e de seu receptor.
Amor, em essência, é o tônus espiritual emulado do Criador da vida. Sob seu influxo vivem e se desenvolvem os seres da natureza, tanto quanto ela própria. Agir ou atuar sob o efeito da caridade é amar respeitando o outro em sua necessidade intrínseca de viver. A caridade praticada com amor é o maior bem que se pode fazer a alguém. Atuar objetivando o melhor para outrem é amar praticando a verdadeira caridade.
O amor que destinamos à vida, acaba por nos levar ao caminho da caridade para com nossos semelhantes. Quando guardamos  objetos que pertenceram aos nossos antepassados que já partiram para outra vida, pensando dessa forma prestar-lhes tributo, na realidade os mantemos presos a coisas materiais, sem libertá-los para as realizações do espírito. Do contrário, quando doamos os bens que pertenceram a eles e que não nos são úteis, agimos com amor a eles próprios, em favor deles e da vida.
O amor se agrega aos objetos e sentimentos que doamos, alcançando seu recebedor. Tudo o que pensamos, dirigido em favor do bem de alguém, reveste-se do amor que a vida nos oferece.
A oração em favor de alguém é caridade pura de coração. Junto a ela também enviamos o amor que nos alimenta o espírito.
A caridade nos permite desprendermo-nos do egoísmo que nos liga à matéria. Sua força eleva-nos a alma, permitindo-a aprender o significado do amor ao próximo.
Se a vida não o brindou com a paz de espírito e a consciência reta, pense em conquistá-las através do amor na prática da caridade. Sua vivência lhe permitirá conhecer seus limites e possibilidades, suas dificuldades e necessidades a partir do contato com o outro que lhe é semelhante.
A caridade com amor não coloca seu agente em estado de superioridade nem de vaidade em relação ao que a recebe. O amor nivela o doador ao receptor tornando-os beneficiários do Altíssimo.
Ser caridoso é um estado do processo que começa quando iniciamos a prática da caridade. Quando não mais a fizermos como obrigação religiosa ou como exercício periódico  de auxílio aos outros, mas sim, como componente de nossa personalidade, poderemos dizer que somos caridosos.
Aquele processo ganha corpo quando adicionamos o amor na metodologia de experimentação da prática da caridade. Cada atitude na direção do semelhante, para ter amor, deverá respeitá-lo como ser humano que é. A caridade é um bem paara quem a pratica com amor.
A conquista do amor decorre de sua aplicação sem esperar recompensa alguma. Quem a pratica esperando alguma gratificação já se beneficiou dela. A prática da caridade é terapia promissora na cura de muitos males da criatura humana. Exercê-la com amor é garantia de se estar no caminho da solução de conflitos de difícil erradicação.
A caridade sem ostentação tanto quanto o bem anônimo que fizermos, nos darão condições de enfrentar os embates da vida com fé e confiança no auxílio de Deus.
A caridade ao próximo é carta de crédito e agindo com amor, alcançaremos a comunhão com as forças sueriores que dirigem os destinos humanos.
O amor e a caridade são sentimentos superiores do espírito. Praticá-los é prerrogativa para a ascensão a estágios superiores. Ninguém atinge a meta a que se destina sem experimentá-las na alma. Jesus é o nosso sustentáculo na prática da caridade.


Fonte: "Amor Sempre" de Adenáuer Novaes

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Dar de si mesmo

Laurinha, embora contasse apenas com oito anos de idade, tinha um coração generoso e muito desejoso de ajudar as pessoas.
Certo dia, na aula de Evangelização Infantil que frequentava, ouvira a professora, explicando a mensagem de Jesus, falar da importância de se fazer a caridade, e Laurnha pôs-se a pensar no que ela, ainda tão pequena, poderia fazer de bom para alguém.
Pensou... pensou... e resolveu:
- Já sei! Vou dar dinheiro a algum necessitado!
Satisfeita com sua decisão, procurou entre as coisas de sua mãe e achou uma linda moeda.
Vendo Laurinha com dinheiro na mão e encaminhando-se para a porta da rua, a mãe quis saber onde ela ia.
Contente por estar tentando fazer uma boa ação, a menina respondeu:
- Vou dar esse dinheiro a um mendigo!
A mãezinha, contudo, considerou:
- Minha filha, esta moeda é minha e você não pode dá-la a ninguém porque não lhe pertence.
Sem graça, a gorotinha devolveu a moeda à mãe e foi para a sala, pensando...
-Bem, se não posso dar dinheiro, o que poderei dar?
Meditando, olhou distraída para a estante de livros e uma ideia surgiu:
-Já sei! A professora sempre diz que o livro é um tesouro e que traz muitos benefícios para quem o lê.
Eufórica por ter decidido, apanhou na estante um livro que lhe pareceu interessante, e já ia saindo da sala quando o pai, que lia o jornal acomodado na poltrona preferida, a interrogou:
- O que você vai fazer com esse livro, minha filha?
Laurinha estufou o peito e informou:
- Vou dá-lo a alguém!
Com serenidade, o pai tomou o livro da filha, afirmando:
-Este livro não é seu Laurinha. É meu, e você não pode dá-lo a ninguém.
Tremendamente desapontada, Laurinha resolveu dar uma volta. Estava triste, suas tentativas para fazer a caridade não tinham tido bom êxito e, caminhando pela rua, continha as lágrimas que teimavam em cair.
-Não é justo!- resmungava- Quero fazer o bem e meus pais não deixam!
Nisso, ela viu uma coleguinha da escola sentada num banco da pracinha. A menina parecia tão triste e desaminada que Laurinha esqueceu o problema que a afligia.
Aproximando-se, perguntou gentil:
- O que você tem raquel?
A outra, levantando a cabeça e vendo Laurinha a seu lado, desabafou:
- Estou chateada Laurinha, porque minhas notas estão péssimas. Não consigo aprender a fazer contas de dividir, não sei tabuada e tenho ido muito mal nas provas de matemática. Desse jeito, vou perder o ano. Já não bastam as dificuldades que temos em casa, agora meus pais vão ficar preocupados comigo também.
Laurinha respirou, aliviada:
- Ah! Bom, se for por isso, não precisa ficar triste. Quanto aos outros problemas, não sei. Mas, em relação à matemática, felizmente, não tenho dificuldades e posso ajudá-la. Vamos até sua casa e tentarei ensinar a você o que sei.
Mais animada, Raquel conduziu Laurinha até sua casa, situada num bairro distante e pobre. Ficaram a tarde toda estudando.
Quando terminaram, satisfeita, Raquel não sabia como agradcer à amiga.
-Laurinha, aprendi direitinho o que você ensinou. Não imagina como foi bom tê-la encontrado naquela hora e o bem que você me fez hoje. Confesso que não tinha grande simpatia por você. Achava-a orgulhosa, metida, e vejo que você não é nada disso. É muito legal e uma grande amiga. Valeu.
Sentindo grande sensação de bem-estar, Laurinha compreendeu a alegria de fazer o bem. Quando menos esperava, sem dar nada material, percebia que realmente ajudara alguém.
Despediram-se, prometendo-se mutuamente continuarem a estudar juntas.
Retornando para casa, Laurinha contou à mãe o que fizera, comentando:
- A casa de Raquel é muito pobre, mamãe, acho que estão necessitando de ajuda. Gostaria de poder fazer alguma coisa por ela. Posso dar-lhe algumas roupas que não me servem mais? - Perguntou, algo temerosa, lembrando-se das "broncas" que levara algumas horas antes.
A senhora abraçou a filha , satisfeita:
- Estou muito orgulhosa de você, Laurinha. Agiu verdadeiramente como cristã, ensinando o que sabia. Quanto às roupas, são "suas" e poderá fazer com elas o que achar melhor.
Laurinha arregalou os olhos, sorrindo feliz e, afinal compreendendo o sentido da caridade.
- É verdade mamãe. São minhas! Amanhã mesmo levarei para Raquel. E também alguns sapatos, um par de tênis e uns livros de histórias que já li.


->Do livro "O Menino Ambicioso, O Servo Insatisfeito e Outras Histórias".- Célia Xavier Camargo